Li essa semana o livro " O Historiador", de Elisabeth Kosova. Muito bom, embora a primeira metade seja um pouco cansativa.
Algo me chamou a atenção. A princípio concordei prontamente, mas pensando melhor, acho que não ou nem tanto. Observem o trecho:
"Com a sua inflexível honestidade, pode ver qual é a lição da História disse [ Drácula]. A História ensinou-nos que a natureza do homem é má, de uma maldade sublime. O bem não é aperfeiçoável, o mal sim." Página 549
Uma análise rápida confirmaria essa teoria: o quanto se estuda e se fabrica armas de destruição em massa, sejam químicas ou físicas. O quanto se propaga ódio, terror, morte e crueldade no mundo através das religiões e dos meios de comunicação.
A barbárie da antiguidade se mistura com a tecnologia armamentista dos dias de hoje. Faz guerra por qualquer motivo. Briga-se por qualquer motivo. Mata-se por qualquer motivo. Realmente o Mal se aperfeiçoou.
Mas o Bem tambem não. Através das contas bancárias ajudamos pessoas em vários lugares do mundo. Através dos próprios meios de comunicação, propagamos mensagens de amor, fraternidade e caridade. O mal ainda domina, mas o bem está sempre ali tentando ultrapassá-lo.
Outra coisa que me chamou a atenção foi a luta dos protagonistas com Drácula. Parecia ser esse o maior inimigo deles. Temos medo dos inimigos da ficção. Mas será que não nos causa mais medo e mais danos os inimigos reais: a violência, o egoísmo e a crueldade?
Hoje o meu maior inimigo pessoal é a doença e a falta de esperança que às vezes vem com ela. Mas da mesma forma temo a violência de todas as maneiras possíveis (trânsito, guerras, assaltos, mortes).
Bem e Mal se aperfeiçoaram através dos tempos. O problema é que hoje este último está em voga.